Observa-se nestas perspectivas uma ênfase mais conservadora na adoção de práticas alfabetizadoras em saúde. O presente artigo explora possibilidades de um modelo brasileiro de Literacia em Saúde levando em conta o acúmulo da comunidade brasileira em Saúde Coletiva em Promoção da Saúde, Educação Popular e Educomunicação ao traçar e articular linhas do tempo destas quatro áreas de conhecimentos e práticas. A partir da tessitura dessas articulações, busca assinalar os principais marcos históricos, acadêmicos e políticos, nacionais e internacionais, de cada uma dessas áreas, dentro de um período determinado (1970-2023), tendo como pano de fundo quatro conjunturas políticas: “governos militares”, “redemocratização e neoliberalismo”, “governos progressistas” e “conservadorismo”. A partir da identificação destes importantes marcos nacionais e internacionais e as confluências entre os campos da Promoção de Saúde, da Educação Popular em Saúde e da Educomunicação, apontamos a possibilidade de um modelo brasileiro para a promoção da literacia em saúde que rompa com a perspectiva normativa e diretiva da Health Literacy.