Material desenvolvido por uma equipe de pesquisadores e técnicos do Centro de Estudos, Pesquisa e Documentação em Cidades Saudáveis (CEPEDOC), do Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (GEPAF) ambos vinculados à Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde, polo da Universidade Federal de Santa Catarina (UNA-SUS/UFSC) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Continuamente ouvimos e reafirmamos que “a atividade física faz bem para a saúde” e que o acesso deve ser um direito garantido, ou seja, “promove mais saúde”. Entretanto, cabe sempre nos perguntar: faz bem para quem? Quais seus propósitos? Quais as ferramentas apoiam a produção integral do cuidado em saúde? Como podemos garantir esse acesso?
Esses são alguns elementos que estão presentes nas quatro Unidades deste livro. Estes escritos são fruto da experiência dos autores e profissionais de saúde que se debruçam a problematizar a promoção da atividade física nas políticas públicas comprometidas com a equidade e a justiça social. A primeira Unidade discute a importância da promoção da atividade física na agenda global da saúde pública e no SUS; a segunda traz aportes para compreender as perspectivas econômicas e políticas da promoção da atividade física e o papel dos gestores do SUS; a terceira Unidade aponta os principais fatores que devem ser considerados no planejamento e na implementação de ações, programas e políticas de promoção da atividade física, de maneira a ampliar ou promover a efetiva oferta e o acesso a esse serviço na Atenção Primária à Saúde (APS) e, por último, a quarta unidade traz elementos para pensar e incluir o monitoramento e avaliação como ferramentas do processo de gestão de ações, programas e políticas de promoção da atividade física.
Nosso propósito com essa iniciativa é mobilizar gestores e os profissionais da atenção primária do sistema de saúde e do planejamento para que possam compreender de forma mais abrangente
as razões pelas quais a promoção da atividade física deva ser discutida, diagnosticada, implantada/implementada, monitorada e avaliada como prioridade no ciclo da política pública e presente nos diferentes instrumentos de gestão do SUS.
Esperamos que essas reflexões possam ajudá-los/las a viabilizar a oferta de ações, programas e políticas de promoção da atividade física no SUS, assim como de processos de educação permanente
de gestores e profissionais de saúde, a fim de garantir práticas de promoção da saúde vinculadas à construção da autonomia dos sujeitos, à participação social, à produção da saúde compartilhada e comprometida com a defesa da vida.
Bom percurso e boa leitura!
Equipe de Coordenação