Monitoramento e Avaliação do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: construindo políticas públicas integradas na cidade de São Paulo (PAVS)

Início: 01-01-2015
Término
01-01-2017

O **PAVS** surgiu da intenção de se implantar políticas públicas voltadas para a inclusão das questões ambientais no conjunto das ações de promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida da população. Sua proposição foi fruto de uma articulação inicial entre a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Saúde, tendo sido posteriormente incorporada a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, para a abordagem das questões ambientais que interferem na saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades a partir da pactuação de agendas setoriais e da criação de mecanismos de gestão intersetorial em nível local. A implantação do PAVS incluiu, além do Projeto em si, um processo de monitoramento e avaliação cuja condução ficou a cargo do CEPEDOC *Cidades Saudáveis*. O formato complexo do Projeto tornou necessária a concepção de um modelo também complexo de avaliação e monitoramento, que procurou enfrentar o desafio não só de envolver o maior número possível de atores que dele participaram, mas também de possibilitar uma aproximação com os territórios em que ocorreu a capacitação, produzindo informações e avaliações que pudessem influenciar decisões, corrigir rumos e auxiliar o planejamento do Projeto ao longo de sua execução.

Nossos propositos

Monitorar e avaliar participativamente o PAVS em sua implantação e implementação nos territórios da cidade de São Paulo.

Lições Aprendidas

A proposta de realizar a avaliação do PAVS de forma participativa objetivou contemplar as distintas perspectivas dos sujeitos e instituições nos diferentes momentos, etapas e fases do Projeto. Desta forma, abriu-se a oportunidade para que os atores pudessem discutir e buscar o consenso na definição “do que avaliar”, por meio de “quais instrumentos” e “o que fazer” com os resultados encontrados. Se a avaliação de processo pode ser utilizada como um importante instrumento de gestão de projetos e programas em geral, esta parece ter sido particularmente significativa para o PAVS, considerando que, por ser “participativa”, resultou numa oportunidade ímpar de reunir grande número de atores na discussão dos elementos fundamentais para serem acompanhados, registrados, avaliados e divulgados ao longo do processo. Nesse sentido, o desafio colocado para a equipe que propôs a avaliação participativa do PAVS foi duplo. De um lado, a necessidade de consolidar o processo avaliativo como parte da gestão do Projeto, porém com papéis e atribuições distintos desta, tendo em vista que a avaliação colabora, apoia e pode ser, concretamente, um instrumento de gestão, mas não pode substitui-la. De outro, a abertura para uma pluralidade de perspectivas assinalava a necessidade de buscar o consenso em torno das questões mais relevantes para o Projeto, o que não seria um processo simples ou isento de conflitos, que poderiam gerar impasses e interferir no andamento do Projeto. Além disso, dado o seu caráter inédito, tornou-se particularmente importante avaliar, registrar e divulgar os fatores que facilitaram/dificultaram o seu processo de gestão, as lições aprendidas, as “boas práticas”, os ganhos subjetivos, a percepção de influências no cotidiano de vida e trabalho dos Agentes capacitados, bem como o potencial de replicabilidade e de sustentabilidade de projetos dessa natureza.

Coordenação

Rosilda Mendes
Doutora em saúde pública
Rosilda Mendes Rosilda Mendes

Pesquisadores envolvidos

Andreia Setti
Daniele Pompei Sacardo
Elisabete Agrela de Andrade
Psicóloga e Sanitarista
Elisabete Agrela de Andrade Elisabete Agrela de Andrade
Marcia Cunha
Maria Luiza Levi

Parcerias institucionais